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03/10/2016
TSE arma manobra para salvar Temer da cassação
Brasil 247 - 03/10/2016
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O avanço das ações que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer,
vitoriosa na eleição presidencial de 2014, fez crescer um movimento de
bastidores no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para criar uma manobra
que evite a queda do presidente Michel Temer em caso de uma eventual
condenação; a ideia é separar as contas de Dilma e Temer na campanha; a
proposta encontra resistência de alguns ministros, desconfortáveis com o
fato de que não há precedente para essa situação; como a Corte só tem
sete membros, bastam quatro votos para garantir o sucesso da manobra;
Gilmar Mendes e Luiz Fux já se mostraram abertos ao tema
247 - O avanço na tramitação das ações que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer, vitoriosa na eleição presidencial de 2014, fez crescer um movimento de bastidores no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para criar uma manobra que evite a queda do presidente Michel Temer em caso de uma eventual condenação. A ideia é separar as contas de Dilma e Temer na campanha, diz reportagem do Valor.
Como não há precedentes para esse tipo de ação, a proposta
encontra resistência de alguns ministros, desconfortáveis com a
situação. Como a Corte só tem sete membros titulares, bastam quatro
votos para garantir o sucesso da manobra. Gilmar Mendes e Luiz Fux já se
mostraram abertos a esse apelo da separação.
Novas provas apresentadas pela força tarefa criada pelo relator das ações, ministro Herman Benjamin, para avaliar as movimentações financeiras das empresas investigadas ou uma deterioração do cenário político são os dois principais elementos a influenciar a decisão dos ministros que estão indecisos sobre a cassação.
Por enquanto, a avaliação da maioria dos ministros do TSE é de que são necessárias evidências robustas para que o Judiciário tome uma decisão que vá retirar mais um presidente do Palácio do Planalto. "Para que o Judiciário casse o mandato de um governante democraticamente eleito, as irregularidade precisam ser provadas e significativas o suficiente para influenciar o resultado da eleição nacionalmente", disse um ministro.
Para a maioria dos ministros, favoráveis ou não à separação da chapa, o julgamento no TSE deve levar em consideração apenas os elementos jurídicos do processo - ao contrário do julgamento do impeachment no Congresso, que foi político e jurídico."
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