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03/11/2016Nem tornozeleira…É o prêmio dos ladrões bonzinhos…
Por Fernando Brito
Vejam que “cana dura” é a do Dr. Sérgio Moro para os ladrões confessos.
Está tudo aí, na chamada de O Globo.
Paulo Roberto Costa já pode trocar a tornozeleira eletrônica por uma correntinha de ouro, se quiser.
Alberto Youssef, que já tinha sido solto com a promessa – “eu juro, Doutor Moro” – de não roubar mais e roubou muito também já vai para casa.
Você acha que algum dos dois vai pra cozinha, fazer salgadinhos e doces para vender ao cento e defender um dinheirinho?
Costa, que só no cofrinho de casa tinha dinheiro para comprar um triplex bem melhor do que teimam em dizer que é do Lula, diz que vai cumprir 4 horas de trabalhos comunitários. Já posso rir ou devo esperar mais um pouco?
Ou devo esperar para ouvir que ele vai de ônibus ajudar na faxina de um asilo de idosos na periferia, pois o Land Rover Evoque que ganhou de Youssef foi incorporado à frota da PF (pergunta idiota: para que a PF precisa de um Land Rover Evoque? Para passear e arrebentar numa batida – de carro, por suposto – como aquele delegado federal, depois de umas e outras, fez em São Paulo outro dia com uma baita Mercedes apreendida e dada a seu uso?)
Aliás, alguém o seguiu e bisbilhotou Paulo Roberto Costa no período de liberdade condicional “tornozelado”. como fizeram com outros?
Paulo Roberto Costa e Youssef são a prova de que, aqui, corrupção é crime hediondo só para quem é politico e de esquerda.
A fórmula está dada: roube, devolva uma parte, fique uns meses na cadeia, entregue quem os doutores querem, compre uma caça de boca larga para esconder a tornozeleira por uns meses e curta a vida em liberdade.
E não esqueça de fazer salgadinhos e doces para vender a cento – uma boa cozinheira sai barato – para esconder a fonte de sua vida folgada.
Pronto, o rato está lavado.
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