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06/06/2015
Folha dá mordida banguela em Roberto Amaral
Miguel do Rosário
O Painel, principal coluna política da Folha, edição desta quinta-feira, tenta aplicar uma mordida banguela em Roberto Amaral, ex-presidente do PSB.
Banguela e numa boca cheia de mau hálito.
E depois repete o ataque, terceirizando-o para o deputado tucano (quer dizer, do PSB tucano) Beto Albuquerque, que fala em “carguinho” para Amaral.
Seu próprio correligionário!
É muita canalhice.
Não preciso nem procurar: já sei que Albuquerque está rodeado de “carguinhos”.
É incrível.
Tucanos podem dar cargos a quem quiser.
O ditador norte-coreano do PPS, Roberto Freire, durante o tempo em que não tinha mandato político, integrou conselhos paulistas. O mesmo PPS com o qual o PSB aprovou fusão…
Beto Richa nomeou o hoje advogado de Yousseff para o conselho da Sanepar, a estatal da água no Paraná.
Aécio Neves encheu o governo e o conselho das estatais de Minas de parentes seus.
A ala direitosa do PSB sempre viveu de “carguinhos” em governo tucanos, em Minas, Paraná e São Paulo.
Aí quando Dilma dá cargo a um de seus principais aliados, uma pessoa íntegra, que já foi ministro de Ciência e Tecnologia no governo Lula, um dos políticos mais cultos do país (coisa rara hoje em dia), um dos quadros mais valorosos da esquerda brasileira, Folha faz esse jogo sujo.
Diz que foi uma “recompensa”.
Ora, toda nomeação é uma recompensa.
No caso de Amaral, é recompensa por seu próprio talento, sua própria história.
Queriam que Dilma nomeassem quem para Itaipu. Mais um tucano?
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