Sociedade negativa é aquela que, aparentemente perdida, sem rumo, norteia-se, em suas ações e princípios, pela negação de valores morais e éticos consagrados como positivos.
Considerando-se aqui, apenas para efeito de análise, que são considerados como positivos valores morais e éticos fundados no humanismo e em ideais progressistas, e lastreados em valores como justiça, solidariedade, amor ao próximo e respeito à diversidade, por exemplo.
Portanto, ocorre, na sociedade negativa, uma inversão de valores. O que é bom passa a ser ruim; o mal passa a ser confundido com o bem (vide a disseminação do crime organizado e o terrorismo); o pecador assume o papel do virtuoso.
Na sociedade negativa, bandidos são considerados heróis; heróis são considerados bandidos. Criminosos alcaguetas são premiados pela Justiça e chamados de “heróis” por supostos “homens de bem”.
Na sociedade negativa, ladrões e estelionatários são tratados como “bispos” e “pastores” – e, veja bem, até exibem o seu cinismo de fé em programas na TV, em horário nobre. Já bispos, pastores, padres, babalorixás e yalorixás, que são verdadeiros líderes espirituais, são perseguidos, ofendidos e até agredidos, quando não condenados ao degredo ou ao “silêncio obsequioso”.
Um exemplo paradigmático: numa sociedade negativa, a defesa da vida, da dignidade e da integridade dos seres humanos é desvalorizada/negligenciada. Em contrapartida, a morte é privilegiada. Nas sociedades negativas, comete-se o absurdo de se defender o indefensável: a pena capital.
O homem perde a sua essência, sua humanidade, quando se torna o lobo do próprio homem.
Cultua-se (e se incentiva) ideais bárbaros, em vez dos ditames civilizatórios.
Na sociedade negativa, bandidos são considerados heróis; heróis são considerados bandidos.
Nesse modelo de sociedade, na qual, infelizmente, convivemos todos, os maus políticos são incensados e protegidos pela grande imprensa; enquanto os bons políticos, os poucos que existem, são vilipendiados, e até, nos estranhos dias que correm, processados pelos Conselhos de Ética.
É o caso do Processo [kafkiano?!] envolvendo os deputados Jean Willys e Ivan Valente (ambos do Psol) e Jandira Feghali (do PCdoB). Um esdrúxulo, bizarro processo, no qual autênticos e virtuosos representantes do povo são colocados sob falsa suspeição/acusação e investigados. Ao passo que notórios corruptos são protegidos, laureados e até emprestam seus nomes a ruas, viadutos e escolas públicas.
Que ética é essa?!
Na sociedade negativa, o honesto é o otário; o corrupto, o “esperto”; o aético, ético. E o suposto cristão nutre-se do ódio e da intolerância.
Reza a lei não escrita e inscrita em tortas linhas: o negócio é levar vantagem em tudo; certo?
Errado!
E é preciso que alguém tenha moral para desdizer o axioma acintoso.
E dizer, com todas as letras: NÃO, está ERRADO.
Afinal, que moral tem uma sociedade como esta?!Para que espécie de futuro, de (des)caminho nos conduzirá?
Assim é a sociedade negativa: onde o certo é errado; e o errado, o certo.
Onde se trocam os termos, invertem-se os valores, a troco de nada.
Onde os amorais são/estão “cheios de moral”.
Lula Miranda. Poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
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O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
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OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
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