segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Contraponto 18.228 - "Filho de Lula entra com pedido de resposta contra UOL "

Abaixo os esclarecimentos do advogado de Luis Cláudio:

Luis Cláudio não ganhou R$ 2,4 milhões “numa triangulação em Medida Provisória editada pelo pai (...)”. A simples observação da data de constituição da LFT Marketing Esportivo – que jamais teve qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) – é o que basta para afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas pelo jornalista e veiculadas pelo UOL. A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — 2 anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltoni ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo.

O jornalista erra igualmente ao afirmar ter havido “repasse de dinheiro” à LFT. Houve pagamentos por prestação de serviço, realizados à medida que os trabalhos contratados pela Marcondes & Mautoni foram executados. Dos contratos em questão, resultaram 4 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.

Nos esclarecimentos que prestou ao Delegado de Polícia Federal Marlon Cajado (em 4/10), Luís Claudio confirmou tais trabalhos, informando ter chegado a essa empresa quando procurava patrocínio no setor da indústria automobilística, medida necessária pela perda do patrocínio da Hyundai, após 2 anos de participação no “Torneio Touchdown” – contradizendo a afirmação de Mazzini de que a atuação da LFT se dá em setor que “aparentemente não tem a ver com automóveis”.

O relatório da própria PF aponta que marketing esportivo está também entre as áreas e projetos em que a Marcondes & Mautoni estava atuando.

No caso de Luís Claudio Lula da Silva houve uma inversão lógica do procedimento legal. O ato de busca e apreensão em sua empresa foi requerido por dois membros do Ministério Público Federal, embora o relatório da Polícia Federal, elaborado após mais de 7 meses de investigação, não apontasse nenhuma situação concreta que pudesse, ainda que remotamente, configurar indício da prática de qualquer crime por Luís Cláudio.

Cristiano Zanin Martins – advogado de Luis Cláudio Lula da Silva
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