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13/07/2016
Dilma: ‘É preciso interromper controle de Cunha sobre a Câmara’
Brasil 247 - 13 de Julho de 2016 às 11:27
No dia em que será escolhido o sucessor de Eduardo Cunha na
presidência da Câmara, a presidente eleita Dilma Rousseff disse esperar
que a influência do deputado chegue ao fim com a disputa; "Temos de
interromper este processo. O primeiro passo é o que hoje estamos vendo
na Câmara, com grande quantidade de candidaturas", disse, em entrevista
nesta manhã; ela mandou um recado sobre sua preferência: "Para um
eventual segundo turno, espero que vença o candidato que tenha mais
idoneidade e espero também que seja alguém que não tenha votado pelo
impeachment"; sobre o processo de afastamento, Dilma voltou a dizer que
acredita que poderá reverter a decisão no Senado; "Eu só serei carta
fora do baralho em 1º de janeiro de 2019, quando termina o meu mandato.
No início da semana parlamentares petistas trabalhavam para que o partido apoiasse a candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ), apesar de ele ter sido um dos líderes do processo de impeachment e contar com o apoio do PSDB. No momento, porém, o PT voltou seu apoio à candidatura de Marcelo Castro (PMDB-PB), que foi ministro da Saúde no governo Dilma e votou contra o impeachment. Já o "Centrão", bloco formado em grande parte por aliados de Cunha, apoia a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF).
"Para um eventual segundo turno, espero que vença o candidato que tenha mais idoneidade e espero também que seja alguém que não tenha votado pelo impeachment", destacou Dilma. Na entrevista, ela voltou a dizer que é vítima de uma injustiça e afirmou acreditar que poderá reverter a decisão no Senado sobre o impeachment. "Eu só serei carta fora do baralho em 1º de janeiro de 2019, quando termina o meu mandato", afirmou.
A presidente voltou a criticar a política econômica do presidente interino, Michel Temer. "Algumas das medidas deste governo interino são mera continuidade do que estávamos fazendo. Outras, no entanto, ferem os direitos coletivos e individuais. É absurdo pensar que os ajustes necessários para recompor o equilíbrio fiscal atinjam um dos setores que são o coração de toda a sociedade, que é a educação", observou.
Ela disse que, caso retorne ao poder, não promoverá perseguições ao ex-aliado. "Mas quando eu voltar à Presidência, eu não tenho vontade de vingança pessoal nem de retaliação. Eu simplesmente não pretendo encontrá-lo (referindo-se a Temer), porque não teria o que dialogar, o que trocar", assegurou.
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