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08/09/2016
Funaro: Geddel tem boca de jacaré para receber
Brasil 247 - 8 de Setembro de 2016 às 05:35
O empresário Lúcio Funaro, preso na Lava Jato como suposto
operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do próprio PMDB, fez uma revelação
constrangedora, numa mensagem trocada com Fábio Cleto,
ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal; "Ele é boca de jacaré
para receber e carneirinho para trabalhar e ainda reclamão", escreveu
Funaro, referindo-se a Geddel Vieira Lima, um dos ministros mais
influentes de Michel Temer, que cobrava a liberação de R$ 330 milhões
para o grupo J. Malucceli; Funaro ainda chamou Geddel de "porco" e disse
que poderia "dar porrada" nele; o ministro, que pode ser o próximo a
cair, afirmou não ter qualquer influência na liberação de recursos do
FI-FGTS
247 – O empresário Lúcio Funaro, preso na
Lava Jato como suposto operador de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do próprio
PMDB, fez uma revelação constrangedora, numa mensagem trocada com Fábio
Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, segundo aponta
reportagem do jornalista Filipe Coutinho (leia aqui).A frase foi incluída num relatório da Polícia Federal sobre o caso. Segundo a PF, Geddel tinha "preocupação exacerbada" sobre um aporte do banco para o grupo J.Malucelli, no valor de R$ 30,6 milhões, o primeiro de um total de R$ 330 milhões.
Funaro ainda chamou Geddel de "porco" e disse que poderia "dar porrada" nele, se as cobranças prosseguissem. Segura essa m... Ele quer f... tudo que não participa. É um porco", escreveu Funaro a Cleto. No relatório, a PF não esclarece o contexto da conversa sobre as cobranças.
A conversa entre Cleto e Funaro gira em torno de operação financeira da Caixa em favor da empresa J.Malucelli Energia. Trata-se de um investimento do FI-FGTS no valor de R$ 330 milhões. O primeiro depósito aconteceu em 2012, no valor de R$ 30,6 milhões."Ele está louco atrás dessa operação da Malucelli. Já me cobrou umas 30 vezes", diz Cleto.
O ministro, que chegou a ser vice-presidente da Caixa por indicação de Michel Temer, pode ser o próximo a cair, depois de Romero Jucá, Fabiano Silveira e Henrique Alves. Na reportagem, ele afirmou não ter qualquer influência na liberação de recursos do FI-FGTS. "Caso típico de utilização do nome.
Preocupação zero", afirmou. O advogado de Lúcio Funaro, Daniel Gerber, disse que as conversas "não representam ilícitos e a defesa provará a inocência nos autos".
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