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11/06/2015
Nelson Barbosa diz que concessão não é privatização
Um dia após o anuncio da nova etapa do Programa de
Investimento em Logística (PIL) do governo federal, o ministro do
Planejamento negou que concessão seja uma forma disfarçada de
privatização; de acordo com Barbosa, os modelos adotados pelo governo
atendem às necessidades concretas e não a "posições ideológicas"
Karine Melo – Repórter da Agência Brasil
Um dia após o anuncio da nova etapa do Programa de Investimento em
Logística (PIL) do governo federal, o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, negou que concessão seja uma forma disfarçada de privatização.
Conforme o ministro, os modelos adotados pelo governo atendem às
necessidades concretas e não a "posições ideológicas".
Durante reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado,
Barbosa disse que o desafio é transformar a demanda que existe em
projetos de execução viável. O ministro avaliou que a taxa de
investimento no Brasil em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – hoje
em 20% - está na média de outros países, mas ponderou que para crescer
mais rápido o país precisa elevar o índice, aumentando a
competitividade. O programa anunciado pelo governo ontem (9) prevê
investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos.
O ministro destacou que a prioridade em ferrovias – com investimentos
previstos da ordem de R$ 86,4 bilhões – visa a melhorar o escoamento da
safra agrícola do Centro-Oeste, com ligações de saída pelo corredor
norte. Questionado sobre a falta de recursos do governo, ele reconheceu
que o desembolso para os investimentos previstos será grande, mas será
escalonado ao longo do tempo.
No caso das rodovias, as novas licitações terão os estudos concluídos
até o início de 2016 e devem começar a sair do papel no segundo
semestre do ano que vem. Ao fazer um resumo das ações anunciadas,
Barbosa disse que o volume de concessões cresceu significativamente nos
últimos 12 anos, ainda que esteja abaixo das metas iniciais, assim como
as execuções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A nova fase
do programa de investimentos, afirmou, prevê metas realistas de
execução.
Nelson Barbosa ouviu críticas da oposição pelo anúncio de um novo
pacote de investimentos sem que todos os recursos anunciados nas etapas
do PAC tenham sido aplicados. Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o
programa de investimentos do governo é "ilusionismo" para desviar o foco
de problemas como "inflação galopante, desemprego ascendente e caos na
segurança pública".
Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), da base aliada, destacou
melhorias na infraestrutura do país a partir das concessões, como nos
aeroportos. "Não saem mais notícias negativas sobre aeroportos.
Dificilmente ocorrem atrasos nas viagens aéreas", ressaltou.
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