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30/06/2016
No pacote de mesquinharias do interino contra a ex-titular, figura um “parecer técnico” (ah, esses eufemismos) restringindo os deslocamentos aéreos dela em aviões da FAB.
Dilma foi autorizada a voar apenas entre Brasilia e Porto Alegre, onde vivem os familiares. “Não sei se vocês sabem, mas eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião”, afirmou ela à época.
“Tem que ter toda a segurança atrás de mim, garantindo minha segurança. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que tem que ser resolvida. Eu vou viajar”.
Num primeiro momento, foi usado um jato fretado pelo PT. Mas partiu de duas velhas amigas um contra ataque ao nanismo moral da atual gestão que entra para a história.
Guiomar Lopes e Celeste Martins, companheiras de clandestinidade, resolveram criaram uma campanha de crowdfunding para bancar as viagens de Dilma.
“Elas estiveram comigo no Presídio Tiradentes e vieram com essa ideia. Achei ótima”, disse Dilma ao DCM na quinta, 29.
Já é o case de arrecadação mais rápido do Catarse, a maior plataforma desse tipo no país. No primeiro dia, arrecadaram-se mais de 170 mil reais. A meta é 500 mil.
É também um sinal de modernidade e uma demonstração de como o financiamento político não precisa passar pelos métodos viciados tradicionais.
Nos EUA, durante a corrida presidencial de 2008, Obama arrecadou 750 milhões de dólares dos cidadãos. Pelo menos 600 milhões vieram de pessoas que desembolsaram em média 86 doletas.
Em fevereiro, o republicano Ted Cruz agradeceu aos 800 mil contribuintes que deram em torno de 67 dólares cada um através de seu site. O socialista Bernie Sanders postou uma mensagem em homenagem aos 3 milhões que doaram 29 dólares para sua aventura.
Esse é o futuro. “É o dinheiro de quem realmente acredita em você e está disposto a pagar por isso”, diz Dilma.
Quarenta anos depois, Dilma e suas companheiras lançam mão de uma tática de guerrilha contra a mão pesada do estado. Desta vez, estão dando de lavada.
A mulher vai pegar o avião, Michel. E é para fazer aquilo que você falou: denunciar o golpe.
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O triunfo do crowdfunding das viagens de Dilma sobre as mesquinharias do interino. Por Kiko Nogueira
Vaquinha para viagens denunciando o golpe faz mais de R$ 180 mil em um dia
Diário do Centro do Mundo - 29/06/2016
No pacote de mesquinharias do interino contra a ex-titular, figura um “parecer técnico” (ah, esses eufemismos) restringindo os deslocamentos aéreos dela em aviões da FAB.
Dilma foi autorizada a voar apenas entre Brasilia e Porto Alegre, onde vivem os familiares. “Não sei se vocês sabem, mas eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião”, afirmou ela à época.
“Tem que ter toda a segurança atrás de mim, garantindo minha segurança. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que tem que ser resolvida. Eu vou viajar”.
Num primeiro momento, foi usado um jato fretado pelo PT. Mas partiu de duas velhas amigas um contra ataque ao nanismo moral da atual gestão que entra para a história.
Guiomar Lopes e Celeste Martins, companheiras de clandestinidade, resolveram criaram uma campanha de crowdfunding para bancar as viagens de Dilma.
“Elas estiveram comigo no Presídio Tiradentes e vieram com essa ideia. Achei ótima”, disse Dilma ao DCM na quinta, 29.
Já é o case de arrecadação mais rápido do Catarse, a maior plataforma desse tipo no país. No primeiro dia, arrecadaram-se mais de 170 mil reais. A meta é 500 mil.
É também um sinal de modernidade e uma demonstração de como o financiamento político não precisa passar pelos métodos viciados tradicionais.
Nos EUA, durante a corrida presidencial de 2008, Obama arrecadou 750 milhões de dólares dos cidadãos. Pelo menos 600 milhões vieram de pessoas que desembolsaram em média 86 doletas.
Em fevereiro, o republicano Ted Cruz agradeceu aos 800 mil contribuintes que deram em torno de 67 dólares cada um através de seu site. O socialista Bernie Sanders postou uma mensagem em homenagem aos 3 milhões que doaram 29 dólares para sua aventura.
Esse é o futuro. “É o dinheiro de quem realmente acredita em você e está disposto a pagar por isso”, diz Dilma.
Quarenta anos depois, Dilma e suas companheiras lançam mão de uma tática de guerrilha contra a mão pesada do estado. Desta vez, estão dando de lavada.
A mulher vai pegar o avião, Michel. E é para fazer aquilo que você falou: denunciar o golpe.
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