segunda-feira, 4 de julho de 2016

Nº 19.784 - "Temer, com o Ricardo... só na porrada!"

 

04/07/2016

Temer, com o Ricardo... só na porrada!

E o Eliseu ("Quadrilha", segundo o ACM)? Conversamos em 2020. Quá,quá, quá!


Do Conversa Afiada - publicado 03/07/2016
 
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Colonista da Fel-lha entrevistou Ricardo Melo, presidente da EBC.
Lembra, amigo navegante, de quando o Conversa Afiada avisou que o Ricardo... só na porrada?
Trechos da entrevista:
(…)

Houve questionamentos (sic) em relação à contratação de jornalistas que seriam alinhados com o PT e que foram demitidos quando o sr. foi afastado. Houve aparelhamento?

O mercado de comunicação tem as suas especificidades. Tem pessoas que agregam valor e credibilidade ao produto que você oferece ao público. Se elas aderem a um projeto de comunicação pública dentro dos recursos que a gente tem, isso é um bem para a comunicação pública.

E o suposto alinhamento?

Nunca teve esse critério. A maioria desses jornalistas, aliás, já estava na empresa quando cheguei [em junho de 2015]. Se tinham perfil de esquerda ou de direita, pouco me interessa. Não peço ficha de filiação partidária para ninguém. Mas eu quero falar é do perfil jornalístico deles.

Paulo Moreira Leite [que apresentava o programa "Espaço Público"] trabalhou no Jornal da Tarde, na Folha, na revista Veja, no Estado de S. Paulo, dirigiu a revista Época [das Organizações Globo]. Paulo Markun [que apresentava o "Palavras Cruzadas"] foi da TV Globo e da TV Cultura nos governos do PSDB. Ricardo Melo [referindo-se a si mesmo] trabalhou na Folha, na revista Exame, na TV Bandeirantes, na TV Globo, no site Terra, no SBT.

Sidney Rezende foi da CBN e da GloboNews. Luís Nassif trabalhou na Folha e na TV Cultura em governos tucanos. Tereza Cruvinel trabalhou no jornal O Globo. Quando vêm para a EBC eles viram todos petistas? Isso é um absurdo.

Quanto eles ganhavam?

Muito menos do que ganhariam no mercado. E eles eram contratados como pessoas jurídicas [PJ], que custam menos para a empresa. Ganhavam 12 salários e só. Não tinham 13º, férias, multa por rescisão de contrato.

A Tereza Cruvinel, por exemplo, ganhava R$ 12 mil por mês. O programa do Alberto Dines [Observatório da Imprensa] estava sendo negociado por R$ 500 mil por ano, para toda a estrutura de produção.

Enfim, temos cerca de 20 contratos [terceirizados] contra 2.552 concursados.

Há críticas em relação às abordagens (sic) sobre o impeachment.

Nunca no jornalismo falamos que se tratava de um golpe. Mas a TV Brasil se deu a tarefa de colocar todas as manifestações no ar, a favor e contra o impeachment.

Tinha passeata de sem-terra contra, de mulheres, de juristas? A TV Brasil estava lá cobrindo, e só a TV Brasil. A nossa missão é dar voz a quem não tem voz. E esses caras não aparecem nas outras mídias. Agora, em nenhum momento a gente deixou de cobrir qualquer manifestação a favor do impeachment.

Mais do que isso: convidamos sistematicamente gente de todas as posições para falar na TV Brasil. Já convidamos os tucanos José Serra, Aécio Neves, Aloysio Nunes Ferreira e Tasso Jereissati. E convidamos publicamente o presidente em exercício, Michel Temer, para falar na TV Brasil. É mentira dizer que só entrevistamos petistas.

(...)

Eu não tenho nenhum alinhamento com a Dilma. Aliás, eu nunca vi a Dilma pessoalmente. Eu não conheço a Dilma! Sou a favor da diminuição da desigualdade e da democracia, intransigentemente. Agora, não sou petista. O Edinho [Silva, ministro de Comunicação de Dilma] eu conheci depois que assumi o cargo. Nunca tinha visto mais gordo nem mais magro.

(...)

Depois disso, o sr. esteve com o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil. O que ele te (sic) propôs?

Ele queria saber se eu estaria disposto a negociar a minha saída –na verdade, se eu estava disposto a renunciar. Eu falei que em 2020 poderia discutir, já que meu mandato dura quatro anos e eu tenho direito a uma recondução.

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