domingo, 4 de março de 2018

Nº 23.545 - "O povo implora que a esquerda se una, mas…"

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04/03/2018


O povo implora que a esquerda se una, mas…


Do Blog da Cidadania - 4 de Março de 2018eduguimDestaque, Opinião do blog, Todos os posts





O Brasil de 2019 pode se tornar o palco de um dos processos históricos mais virulentos – e, quem sabe, até violentos – de que se tem notícia neste país. Na Folha de São Paulo de domingo 4 de março, um colunista da página de opinião mais importante do jornal relata o que pode ocorrer neste país.


Sim, você leu bem. O colunista de uma das cabeças da hidra midiática antipetista escreveu:

“Até mesmo adversários do ex-presidente tentam persuadir o Supremo a dar uma resposta definitiva aos questionamentos sobre a execução provisória de penas. Nomes graduados do PSDB e do governo Michel Temer já manifestaram a ministros do tribunal preocupação com os desdobramentos de uma prisão de Lula. É crescente entre esses personagens o temor de que, com o petista na cadeia, uma parcela considerável da população veja o processo eleitoral com desconfiança, o que ampliaria a instabilidade do próximo governo”

A única chance que o Brasil tem de existir como nação após a eleição de 2018 será elegendo um governo popular que distenda a situação social no país afrouxando o garrote econômico e devolvendo direitos, porque a continuidade do processo de empobrecimento do trabalhador, aliado ao encarceramento do líder inconteste dos trabalhadores, campeão do voto popular, respeitado e defendido no mundo inteiro contra um processo judicial visto como farsesco por ao menos metade dos brasileiros, tudo isso vai gerar na mente deste povo uma revolta poucas vezes vista.

Muitos serão tolos ao ponto de dar bola aos pistoleiros do capital que irromperão na mídia corporativa afirmando que o povo não está nem aí para Lula. Isso até poderia ser verdade se, junto com a destruição da vida dele os golpistas espalhassem bem-estar social, mas a questão é que o golpe foi dado, justamente, para diminuir o bem-estar social da era Lula.

Ah, tá, você não acredita… Então explique essa força eleitoral e política da pessoa mais atacada pela imprensa, pelos grandes empresários e pela Justiça em toda história brasileira.

Seja como for, o fato é que, se a direita ou a extrema-direita vencerem a eleição e continuarem com a agenda ultraliberal de Temer e do PSDB pós-impeachment de Dilma, este país vai pegar fogo. Aí, sim, a sociedade, em pleno processo de empobrecimento, vai ter certeza de que Lula foi preso por ajudar o povo.

O diabo é que a direita – que, agora, fez a mídia chamar direita de “centro” – tem armas muito fortes para o processo eleitoral. Dinheiro, muito dinheiro que a esquerda não vai ter. Os milionários e bilionários que estão metidos em política são todos de direita e financiarão as próprias eleições e as dos amigos.

E a esquerda, dividida e sem Lula, pode nem chegar ao segundo turno. A menos que se una. A esquerda dividida não conseguirá eleger o próximo presidente.

Ah, então deixa a direita vencer para o povo ficar furioso com ela e derrubá-la, diz certa esquerda maluca.

No Brasil, a esquerda nunca vai derrubar um governo de direita sem apoio de parte da direita, como no caso Collor. Vai infernizar, mas aí a direita manda o aparato repressor do Estado fazer aquilo para que foi criado.

Ponto.

O que vai acontecer é que o Brasil vai virar um inferno, vai mergulhar em uma crise profunda, com surto dramático de criminalidade e violência, com recessão e desemprego, com aumento exponencial da pobreza, da miséria, da fome…

Os brasileiros mais humildes, ou seja, a grande maioria, estão quietos, assustados, com medo de externarem que querem, apenas, que Lula volte e desfaça tudo o que Temer fez. É só isso que a maioria quer.

Mas a Justiça não quer deixar. Então Lula precisa transferir a confiança popular de que desfruta, mas isso não será possível se for bombardeado de dentro para fora.

A esquerda, em toda a sua amplitude, precisa entender que o povo brasileiro precisa, desesperadamente, que ela se entenda para que vença a eleição de 2018 e desfaça toda a desgraceira que Temer levou a termo desde que tomou o poder em 2016. Mas, de forma inacreditável, continua se dividindo e queimando pontes.


Que Deus, Alá ou Buda nos ajudem…
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