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01/09/2013
JOGARAM M... E O GLOBO PEDE DESCULPAS
Blog
Palavra Livre
01/09/2013
Por Davis Sena Filho
As Organizações(?)
Globo sempre tentaram passar uma ideia que é querida pelo povo brasileiro. Ledo
engano. As pessoas sabem do que se tratam tais organizações e do que os seus
proprietários, os irmãos Marinho, são capazes para terem seus interesses
concretizados, bem como são conhecidos como porta-vozes não somente dos
conservadores tupiniquins, mas também da direita internacional, que luta desde
o início da humanidade para limitar e estancar o desenvolvimento social e
econômico da humanidade.
Com a conquista da
Presidência da República há 11 anos por parte dos trabalhistas, além da
ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT), partido reformista e não
revolucionário, os meios de comunicação privados e de concessão pública dos
Marinho deixaram de lado o pudor e passaram a fazer oposição política e
intermitente contra os governos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff.
Algo que somente
se viu no Brasil nos governos, coincidentemente trabalhistas, de Getúlio Vargas
e João Goulart, presidentes igualmente trabalhistas e que foram ilegalmente
derrubados do poder por criminosos que rasgaram a Constituição, a fim de
atender os seus anseios financeiros, ideológicos e de submissão rastaquera aos
Estados Unidos, país useiro e vezeiro em promover e financiar golpes de estado,
bem como invasor contumaz de territórios de incontáveis nações através dos
séculos.
O problema de
organizações, a exemplo da Globo e de O Globo, é que os seus proprietários por
serem poderosos e influentes pensam que governam o Brasil, sem, contudo, terem
sido eleitos. Considero arrogância e prepotência tais disparates e insensatez,
que chegam às raias da insanidade de homens que administram um poderoso grupo
econômico quererem pautar um País que recentemente superou os 200 milhões de
habitantes e atualmente é a sexta maior economia do mundo.
O Brasil não é o
quintal da casa dos irmãos Marinho e muito menos de seus empregados tão
dedicados em agradá-los, que chegam ao ponto de superar os seus afazeres e a
fazer mais do que as suas realidades de empregados lhes permitem. A
cumplicidade, o apoio desavergonhado e a aliança com a direita partidária
brasileira herdeira direta da escravidão é uma mácula que as Organizações(?)
Globo não vão conseguir retirar de suas peles, porque o apoio aos militares
golpistas está marcado como tatuagem de um regime crudelíssimo que torturou e
matou os seus adversários políticos, que foram tratados como inimigos, mesmo a
ter sob controle os órgãos de repressão do estado nacional, além das Forças
Armadas.
Quem tem o
controle do estado não usa o estado para massacrar os seus adversários, mesmo
se eles pegarem em armas, porque somente pega em armas é quem se sente
reprimido, oprimido e perseguido. As ditaduras não dialogam, Por isto que
censuram, demitem, perseguem, exilam, prendem, torturam e matam.
E a Globo e O
Globo e a imprensa de mercado em geral compactuaram, serviram, apoiaram e
participaram da ditadura militar, bem como se locupletaram das benesses do
estado brasileiro, a quem esses empresários magnatas e bilionários combatem,
desejam e apostam na efetivação de um estado mínimo, que não controle e
fiscalize as mega corporações como a Globo, que está a ser acusada de sonegar
mais de R$ 600 milhões em apenas um escândalo relativo aos direitos da Copa do
Mundo de 2002.
Agora, vamos à
pergunta que não quer calar: o que as Organizações(?) Globo e o restante da
imprensa burguesa já não fez no sentido de sonegar em uma existência
empresarial que remonta há décadas? Não sei responder e acho que não a Receita
ou o Banco Central sabem. Mas sei que os irmãos Marinho não vão enganar o povo
brasileiro para sempre, por intermédio de bravatas e leviandades de seus
áulicos da moralidade e dos bons costumes também chamados de jornalistas.
O jornal O Globo
fez hoje uma mea culpa sobre as suas falhas, em forma de editorial. Contudo,
talvez para amenizar os seus golpes baixos e não ficar sozinho na condição de
golpista, no decorrer de sua história, afirmou que outros órgãos da imprensa
comercial e privada também, tal qual ao jornal impresso dos Marinho participaram
do golpe militar, bem como o apoiaram efetivamente.
A Folha de S.
Paulo, por exemplo, emprestava os seus carros com logotipo aos policiais e
militares de órgãos de repressão como o DOI-Codi e o Dops do policial civil
reconhecidamente torturador e assassino da dimensão do delegado Sérgio Paranhos
Fleury, morto depois como queima de arquivo da ditadura militar. A verdade é
que esses magnatas do setor midiático lutam, diuturnamente, contra a
emancipação do povo brasileiro e a independência do Brasil.
Eles são párias no
que diz respeito à nacionalidade e se comportam como alienígenas no que é
referente a se alinhar com os interesses do Brasil, porque, invariavelmente,
são os porta-vozes dos grandes capitalistas e por isto e por causa disto essas
realidades se contrapõem à luta dos que querem o desenvolvimento do Brasil, que
ainda tem minha pobreza, que vitima o seu povo, alvo de todo tipo de violência
e discriminação.
Todavia, O Globo
fez a sua mea culpa e, consequentemente, tenta amenizar a sua condição de um
dos verdugos protagonistas da ditadura militar de 21 anos que ceifou vidas e,
de forma infamante, torturou corpos, deixou rotas milhares de almas e causou
dor sem fim a incontáveis famílias brasileiras. O estado a matar os seus
próprios cidadãos em nome de um regime draconiano, que foi edificado para
garantir a uma elite empresarial e política de direita a concentração das
riquezas deste País, bem como evitar que elas fossem distribuídas, além da dar
fim a programas e projetos econômicos, estruturais e sociais efetivados pelos
socialistas e trabalhistas em um período de 34 anos (1930/1964).
Agora, a família
Marinho, aquela que sempre boicotou e sabotou o desenvolvimento e a emancipação
do povo brasileiro, juntamente com a família Mesquita, do jornal O Estado de S.
Paulo, e a família Frias, de a Folha de S. Paulo, faz um mea culpa, como lobo
em pele de cordeiro. Com a nova ascensão ao poder dos trabalhistas, a partir de
2003, os magnatas bilionários das comunicações resolveram fazer uma oposição
acirrada e inquestionavelmente voltada para desqualificar os projetos de País e
os programas de governo de Dilma e Lula, bem como descontruir as suas imagens
perante o povo brasileiro que, majoritariamente, votou e elegeu os dois
presidentes socialistas e trabalhistas e, portanto, de esquerda.
A partir do
fortalecimento e da disseminação da blogosfera de esquerda na internet, ou
seja, dos sites e dos blogs progressistas também chamados de “sujos”, os meios
de comunicação hegemônicos e corporativos passaram a ser combatidos e o
jornalismo produzido por essas poderosas companhias passou a ser frontalmente questionado
por jornalistas experientes que conhecem o ofício, o sistema de controle e de manipulação
da informação, bem como os bastidores da grande imprensa empresarial.
A partir desse
processo, milhares de blogs e sites “sujos” se tornaram também fonte de informação
e referência para milhões de pessoas que desejavam e ainda querem se informar
além do sistema de monopólio de informação das grandes corporações midiáticas.
E por quê? Porque o trabalho da blogosfera mostrou, inquestionavelmente, que a
imprensa de negócios privados tem cor, tem lado, tem partido e ideologia. E por
isto e por causa disto faz política, oposição e se alia a partidos
conservadores como o PSDB dos tucanos e o DEM, legítimo herdeiro da escravidão
ao tempo que o pior partido do mundo, que já foi Arena, PDS e PFL.
Porém, não acaba
por aqui. Os executivos, os jornalistas e os “ideólogos” das Organizações(?)
Globo, que estão aboletados no Instituto Millenium, continuam os seus périplos
históricos e continuam a maldizer e a propagar intrigas por meio de notícias
irrefragavelmente distorcidas e manipuladas. Eles são os escribas das más
notícias e das falas polêmicas, pois o objetivo é sabotar o programa de Governo
e, por conseguinte, inviabilizar o processo de desenvolvimento do Brasil e com
isso submetê-lo aos interesses do grande capital.
O Globo hoje se
arrepende de sua participação golpista, mas apoia efetivamente o
conservadoríssimo Instituto Millenium, onde empresários, políticos e
jornalistas defendem teses já derrotadas e fracassadas do modelo neoliberal,
que derreteu as economias de países poderosos e comprovou que a ausência de
fiscalização e regulamentação dos banqueiros, por exemplo, é a mesma coisa do
que uma pessoa se suicidar. Ponto.
Somente os lorpas
e os pascácios, como diria o jornalista Nelson Rodrigues, que ainda, por serem
caras-de-pau e mentalmente lentos, defendem o neoliberalismo, um modelo de
pirataria e rapinagem, que levou à bancarrota inúmeros países da América
Latina, bem como deixou na miséria povos trabalhadores, que ficaram, inclusive,
sem acesso ao emprego. Realmente, tempos duros e o fim da picada. E tem gente
que tem ainda a desfaçatez de defender um mau negócio como foi o
neoliberalismo. Durma-se com um barulho desse.
O Milleninum,
lugar onde os direitistas deste País propõem, por meio de palavras “leves” e
pouco usuais no palavreado popular, até golpe de estado. O Millenium, que,
incontestavelmente, lembra os golpistas pré 1964, a exemplo do Instituto Brasileiro
de Ação Democrática (Ibad), fundado em 1959, e do Instituto de Pesquisas e Estudos
Sociais (Ipes), de 1961. As duas entidades reuniram militares, empresários,
jornalistas, diplomatas e partidos e políticos de oposição, que conspiraram
contra o governo popular do presidente trabalhista João Goulart (PTB), deposto
em 1964 e que somente retornou morto à sua terra, em 1976.
E o jornal O Globo pede desculpas em seu
editorial mequetrefe, como se estivesse arrependido, quando na verdade não
está. Lobo é lobo! Escorpião é escorpião! E quanto a essas realidades e
verdades nada se pode fazer. A natureza desses empresários é de dominância
contra os mais fracos e os que podem menos. São somente subservientes quando
seu “deus” começa a diminuir a sua presença. Trata-se do “deus dinheiro”,
combustível de poder das seis famílias midiáticas que dominam o mercado de
mídias e não aceitam, de forma alguma, ter que viver um Brasil democrático,
justo, autônomo e independente.
Os grandes capitalistas ganham dinheiro com a
pobreza alheia. E, para isso, contam com a simpatia de parte da população para
seus propósitos mercantilistas. As pessoas que compram a ideologia e o
pensamento torto dos barões da imprensa fazem parte de uma classe muito
peculiar: a conservadora e preconceituosa classe média e média alta. São com as
classes médias que os donos do capital contam, e para elas fazem política. Só
que, com o tempo, a classe média vai, irremediavelmente, dividir-se, porque
ninguém é enganado a vida inteira e a verdade é que nunca conheci qualquer
pessoa que gostasse de ser considerada trouxa.
Entretanto, a partir das manifestações de
junho, os barões da imprensa e os seus asseclas perceberam uma mudança, que
através do tempo vai recrudescer: é que as palavras de ordem “O povo não é
bobo! Abaixo a Rede Globo!” se transformou em realidade latente e,
consequentemente, descambou para a violência.
De repente e não mais do que de repente, os
repórteres da Rede Globo e até mesmo da CBN tiveram de, em um primeiro momento,
cobrir os protestos à distância, depois passaram a encobrir os logotipos dos
microfones de suas empresas e, posteriormente, somente conseguiram cobrir as
manifestações que os jornalistas da Globo inadvertidamente insistiam em chamá-las
de “pacíficas” de helicópteros.
A palavra “pacífica” se tornou uma metáfora
na boca dos jornalistas da Globo, pois tal palavra usada tinha por finalidade amenizar
ou suavizar a violência dos protestantes e as depredações do patrimônio
público, privado e histórico. E por que os repórteres, comentaristas e
apresentadores da Globo e da CBN se transformaram em pessoas tão suaves e
singelas quando se tratava de falar das manifestações “pacíficas”?
Porque a Globo, uma empresa privada,
transformou-se em partido de direita que ocupou, inconsequentemente e
irresponsavelmente, o lugar dos derrotados PSDB, DEM e PPS na oposição política
e ideológica aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. Por causa disso, a
Globo, além de outras empresas de comunicação e informação, estrategicamente
passou a chamar de “pacíficas” as manifestações de junho, pois percebeu naquele
momento uma oportunidade para fazer oposição a Dilma Rousseff, afinal o Brasil
vai ter eleições presidenciais em outubro de 2014, e se tem alguma coisa que
esses magnatas da comunicação não querem é a continuação de políticos
trabalhistas no poder por mais quatro anos.
Como pau que bate em Chico também bate em
Francisco, e o Brasil está neste momento com a inflação controlada, o PIB a
aumentar, estabilidade das instituições republicanas e do regime democrático,
além do crescimento da indústria, do agronegócio, do emprego, bem como a
presidenta Dilma voltou a crescer nas pesquisas, a Globo e os seus coirmãos aparentemente
deram uma recuada.
A nova postura talvez seja porque o dinheiro
da propaganda que ia para as empresas dos bilionários das comunicações diminuiu
desde os tempos do presidente Lula, o que, sem sombra de dúvida, levou tais
organizações(?) a redirecionar as suas estratégias de luta política e econômica
e, por sua vez, abrir diálogo com o Governo Federal, com o presidente Lula
(João Roberto Marinho solicitou encontro com o ex-presidente) e se reportou à
sociedade brasileira por intermédio de editorial que reconhece o erro de as
Organizações(?) Globo ter apoiado a ditadura militar.
Por seu turno, não acredito que lobos se
transformem em ovelhas, ainda mais quando se trata dos donos dessa megaempresa,
que se confunde com o estado dentro do estado. Um estado privado,
evidentemente, mas que sempre foi sustentado pelo dinheiro público. Deveria
haver uma campanha para que a Globo se privatizasse, pois já que defende com
unhas e dentes a iniciativa privada e um País VIP para poucos privilegiados.
Jogaram, em manifestação recente,
literalmente merda nas paredes e vidraças da sede da Globo, e os seus
repórteres são alvos de chacotas, protestos, de cantos de guerra e até mesmo de
violência física, com a qual explicitamente não concordo, por parte de quem
protesta. A Globo sentiu o golpe, como se fosse atingida por um boxeador peso
pesado na boca do estômago ou na ponta do queixo.
Os donos da Globo e os seus jornalistas
enfrentam, arrogantemente, até o Governo, mas quando se trata de enfrentar o
povo eles optam, espertamente, por recuar. Pega muito mal para as suas imagens
quase “assépticas”. A Globo e O Globo gostam muito de pichar os outros, as pessoas
e instituições, mas detestam verem o seu mundinho provinciano, tacanho,
presunçoso, egoísta e medíocre a ser questionado, e, o pior, agredido.
As Organizações(?) Globo e os seus donos são
gigantes com os pés de barro e as suas paredes são pichadas com merda, produto
animal também chamado de esterco. Se daqui a alguns meses os proprietários
dessa empresa alienígena e descompromissada com a cidadania brasileira perceberem
que os tucanos do PSDB vão perder mais uma eleição presidencial, eles
certamente vão negociar para amenizar as diferenças políticas e as perdas
financeiras, afinal o Governo tem a Receita Federal e a Polícia Federal e
impostos sonegados e remessas ilegais são crimes que estão a ser combatidos.
Os Marinho são espertos, pediram desculpas
pela ditadura, mas o povo não é bobo... É isso aí.
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