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01/12/2016
Juízes e procuradores manipulam e distorcem a verdade porque não querem responder por crime de responsabilidade e abuso de poder — Carmén e Dallagnol
Palavra Livre - 01/12/2016
Por Davis Sena Filho
"A
Justiça, cega para um dos dois lados, já não é Justiça. Cumpre que enxergue
igual à direita e à esquerda". (Ruy Barbosa).
Os
togados do Poder Judiciário, à frente o STF, a PGR e suas subsidiárias, a
exemplo da 13ª Vara Federal do Juiz Sérgio Moro e o MPF de Deltan Dallagnol com
suas "Dez Medidas Contra a Corrupção", estão revoltados e
inconformados porque os deputados, a grande maioria partícipe do golpe de
estado contra a presidente legítima e constitucional, Dilma Rousseff,
resolveram incluir nas dez medidas dos paladinos da Justiça os itens que
incluem tais servidores públicos do Judiciário como cidadãos regidos pela Constituição
e pelo Código Penal brasileiros.
Além
disso, pois muito salutar ao País e ao seu povo trabalhador cansado de guerra,
que os juízes e os procuradores — os que judicializaram a política e
criminalizaram as ações do Governo da presidente trabalhista deposta por um
golpe cucaracha, a fim de selecionar quem vai ser investigado, julgado e preso,
geralmente os políticos e as lideranças do PT — têm de ser obrigatoriamente
tratados como seres mortais, porque eles morrem iguais a todos os seres vivos e
têm necessidades inadiáveis, como ter fome, dormir e ir ao banheiro, a exemplo
de qualquer mortal.
E
digo mais: Os togados da República bananeira e terceiro-mundista, muitos deles
com a cabeça despolitizada e partidária de coxinha, como comprovou pelo
Facebook o juiz "miameiro" Catta Preta, do Distrito Federal, precisam
inclusive de dinheiro para pagar suas contas, fazer compras e sustentar suas
famílias. Eles, definitivamente, não são deuses, porque Deus, para quem
acredita, está acima de suas reflexões, princípios e valores mundanos. Ponto.
Contudo,
ora veja, essa gente de toga não se conforma em ser tratada como qualquer
cidadão, ou seja, ser submetida pelas mesmas leis as quais os brasileiros são
submetidos. Fulos da vida, juízes e procuradores passam, então, a dar
declarações estapafúrdias, as mais evasivas possíveis, como se elas fossem
sérias, porque a intenção é garantir o aplauso e o apoio do lumpesinato, em
forma de classe média, em busca do aplauso fácil, por intermédio de propaganda
e publicidade das mídias conservadoras, que fazem parceria com certos membros
do Judiciário, que estão envolvidos com a luta partidária, programática e
ideológica. A ira dos togados é similar à chantagem.
Poderia
citar inúmeros juízes e procuradores, além de delegados da PF que se arvoraram
de donos do País e, com efeito, querem governá-lo no lugar dos eleitos, como os
que foram derrubados por um golpe promovido pelas oligarquias brasileiras e
pela plutocracia internacional. É perceptível, por exemplo, juízes como Gilmar Mendes,
Luiz Fux, Carmén Lúcia, Dias Toffoli, Rosa Weber, Edson Fachin e Celso de
Mello, além de Sérgio Moro e inúmeros juízes de primeira instância por todo o
País, que se esmeraram em aprovar decisões liminares para impedir a posse de
Lula como chefe da Casa Civil, em uma clara e indiscutível demonstração de que
membros da Justiça estão a fazer política, a escolher lado, cor ideológica e a
militar partidariamente, o que é, realmente, o fim da picada.
Procuradores
da Lava Jato exemplificados em Diogo Castor, Deltan Dallagnol, Carlos Fernando
Lima, Roberson Pozzobon, Orlando Martello, Januário Paludo, além do procurador
do DF, Ivan Cláudio Marx, dentre outro recentemente afastado para o bem do
serviço público, bem como os promotores de São Paulo, Cássio Conserino e
Fernando Henrique de Moraes Araújo, que disputam a "glória" e a
"primazia" de perseguir Lula para tentar prendê-lo, mesmo sem
quaisquer comprovações sobre os supostos crimes cometidos pelo ex-mandatário de
esquerda.
O
político trabalhista e republicano, que mostrou, sem sombra de dúvida, em seus
governos democráticos e receptivos a todos os grupos sociais e categorias
profissionais, que é possível mudar para melhor o Brasil se houver vontade
política, assim como fazer deste País uma Nação importante e influente em
termos mundiais. Todo mundo viu e percebeu isto e foi exatamente este processo
desenvolvimentista que desagradou e enfureceu a casa grande e os coxinhas
reacionários e de direita. Aí veio o golpe selvagem à moda cucaracha, com a
aquiescência e a cumplicidade do Poder Judiciário. Ponto.
Agora
o Brasil está sob a ameaça da força-tarefa da Lava Jato, a liderar essa
pantomima o procurador Deltan Dallagnol, que não aceita a decisão da Câmara,
por intermédio da imprensa golpista, principalmente as Organizações(?) Globo,
de incluir os procuradores e os juízes no que é relativo a tais togados
responder pelos crimes de responsabilidade e abuso de poder. Dallagnol
tergiversa, bem como os procuradores e os juízes também não querem obedecer o
que está estabelecido pela Constituição no que concerne ao teto salarial de tão
importante categoria, que é realmente importante e precisa existir, mas que
também não são dignos de se considerarem acima das leis e da sociedade e dos
contribuintes que lhes pagam muito bem.
Dallagnol
se comporta como um ditador, como também a maioria dos membros da Lava Jato, da
PGR e do STF. São déspotas que "sequestraram" a política brasileira e
os resultados das urnas soberanas, conforme apregoa a Constituição. É
inacreditável que o Brasil se tornou refém de um Poder que se arrogou como
partido político de caráter ditatorial, arbitrário e tenebrosamente
intervencionista. Pobre do País cujo destino fique nas mãos de togados. Pobre
do País que não tem recursos para se defender e se proteger de agentes,
operadores e executores do Direito e das leis.
A
ditadura do Judiciário é a pior, se existe ditadura "melhor".
Simplesmente eles não aceitaram que membros do Judiciário sejam punidos, a não
ser quando pegos com a mão na botija, a terem como "dura" punição a
aposentadoria com todos seus direitos salariais e pecuniários intactos.
Trata-se de um deboche, de acinte e de escárnio. Nunca vi nada igual, como tem
acontecido no Brasil. Uma barbaridade retumbante! Este País é um vexame!
Enquanto
isto, o golpista mão de tesoura e tresloucado fundamentalista do mercado, Pedro
Parente, a mando de mi-shell temer e José Serra, vende a Petrobras, arrebenta
com a estatal e a esquarteja. Além de vender os ativos de várias subsidiárias
da empresa pública, ainda disse que a Petrobras não participará da concorrência
pelos lotes do Pré-Sal. Trata-se, indubitavelmente, de uma crime de lesa-pátria
contra o País e sua independência no setor de energia. Parente deveria estar
preso e a "puxar" uma cadeia de 100 anos, o que seria pouco para o
indivíduo perigosíssimo para a Nação brasileira como o é esse sujeito
traiçoeiro e divorciado dos interesses do Brasil.
O
Brasil se tornou um quintal de terceiro mundo, como nunca foi, a não ser na
época de FHC — o Neoliberal Golpista I —, que também está por trás dessas
criminosas privatizações. Em um País realmente sério essa gente sem eira e nem
beira seria sumariamente fuzilada ou punida com prisão perpétua. Porém, juízes,
procuradores e delegados; militares, grande parte dos políticos e empresários,
além dos lamentáveis coxinhas de classe média estão quietos, não dão um pio e
não movem uma palha. Trata-se de uma Nação de entreguistas, corporativos,
individualistas e sem quaisquer noções de brasilidade e nacionalidade. O Brasil
é uma Nação onde viceja uma casa grande e parte populosa da sociedade de caracteres colonizados e párias! Esta é a verdade.
Propositalmente
e harmoniosamente, Deltan Dallagnol e Cármen Lúcia criticaram a decisão do
Congresso de analisar e votar as propostas da Lava Jato, ou seja, independente
de ser um Congresso responsável pelo golpe parlamentar, analiso as realidades
no sentido de que, constitucionalmente, o Congresso e suas câmaras alta e baixa
formam o Poder Legislativo e, evidentemente, que é este poder
institucionalizado que legisla.
Como
o Brasil é um País surreal e que não pode, pelo menos por enquanto e neste
momento ser levado a sério, não é de se estranhar que servidores públicos do
Judiciário, hiperinflados pelas mídias corporativas, que, por conseguinte,
fazem as cabeças de parte da população que desejou nas ruas até mesmo a
efetivação de um golpe militar, arrogam-se agora como "donos" do
Brasil e, consequentemente, suas vontades, desejos e interesses têm de ser
atendidos, doa a quem doer e dane-se a Constituição.
Para
a presidente do STF, Cármen Lúcia, que debochou da presidente deposta, Dilma
Rousseff, por causa da palavra presidenta ser escrita e falada com
"a" no fim da palavra, e para o procurador do powerpoint mequetrefe,
Deltan Dallagnol, incluir no pacote das "Dez medidas" votadas na
Câmara, que define punições a juízes e procuradores por abuso de autoridade, é
provocação e retaliação. Pura manipulação. É porque eles acham que todo mundo é
idiota. Durma-se com um barulho desse.
Seria
trágico se não fosse cômico. Volto a ressaltar: trata-se de um Congresso
golpista, reacionário e de direita, que deu um golpe para atender às
oligarquias e às corporações econômicas e comerciais privadas, mas que incluiu,
com acerto, o abuso de poder por parte de juízes e procuradores nas medidas
aprovadas, pois a verdade é que é um ato totalmente necessário para a sociedade
brasileira em termos macros, independente se os deputados, por interesses
próprios ou por retaliação, tenham aprovado o item que o procurador Dallagnol e
a juíza Cármen não queriam que fosse aprovado. Porém foi.
O
Supremo Tribunal Federal vai intervir e anular a decisão da Câmara dos
Deputados? Vai se sobrepor a outro poder e atender os interesses dos coronéis
midiáticos e seus empregados, que já estão desesperados com a batata quente que
se transformou o governo já fracassado e ilegítimo de *mi-shell temer? Se vai
tomar para si o direito de legislar, então por que os juízes do STF permitiram
a efetivação de um golpe de estado travestido de legal e legítimo contra uma
mandatária constitucional que não cometeu crime de responsabilidade, como ficou
mais do que comprovado? Com a resposta a Cármen Lúcia e seus colegas de
tribunal...
Entretanto,
ratifica-se que o Judiciário NÃO quer que a caixa preta deste Poder da
República seja questionado, fiscalizado e, quando um de seus membros cometer
crimes, punido com o rigor da lei. Cumpre-se a lei. A lei é para todos, porque
todos cidadãos são iguais perante a lei, seja juiz, procurador, delegado ou
cidadão brasileiro com seus direitos civis em pleno vigor. Sem justiça não há
paz!
Os
membros do Judiciário e seus porta-vozes deveriam saber disso desde sempre.
Juízes e procuradores manipulam e distorcem a verdade, com o apoio da imprensa
de mercado, porque não querem responder por crime de responsabilidade e abuso
de poder. Enquanto isso os togados não ouvem, não enxergam, não falam, porque
estão a deixar os corruptos e golpistas vender o Brasil e acabar com os
programas de inclusão social, que edificaram os mais pobres. É isso aí.
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