01/12/2016
Sai a delação do fim do mundo e ela começa por Emílio Odebrecht
Brasil 247 - 1 de Dezembro de 2016 às 19:16
.
Dono da maior empreiteira do País e pai de Marcelo, preso há
mais de um ano em Curitiba, Emílio Odebrecht foi o primeiro nome da
empreiteira a assinar o acordo de delação premiada, que envolve 77
executivos; até agora, já se sabe que a Odebrecht delatou nomes como
Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do seu governo, o
ministro José Serra, chanceler, e o presidente do PSDB, Aécio Neves
(PSDB-MG); Temer foi acusado de pedir R$ 11 milhões no Jaburu, Jucá de
receber R$ 22 milhões, Serra de levar uma doação de R$ 23 milhões na
Suíça e Aécio de ser pago pela Odebrecht, numa triangulação que envolve
também seu marqueteiro; além da delação premiada dos executivos e
ex-executivos, a empresa Odebrecht firmou com acordo de leniência com o
MPF e vai pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões
247 – Dono da maior empreiteira do País e pai de
Marcelo, preso há mais de um ano em Curitiba, Emílio Odebrecht foi o
primeiro nome da empreiteira a assinar o acordo de delação premiada, que
envolve 77 executivos.Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
Odebrecht assina acordo de leniência com Lava Jato e aceita pagar multa de R$ 6,7 bi, diz fonte
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A construtora Odebrecht assinou nesta quinta-feira acordo de leniência com os procuradores da operação Lava Jato e aceitou pagar multa de 6,7 bilhões de reais, disse à Reuters uma fonte ligada ao Ministério Público.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o acordo abre caminho para a assinatura de acordos de delação premiada com 77 executivos e funcionários da Odebrecht, entre eles o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba e já condenado a 19 anos e 4 meses de prisão em ação penal da Lava Jato.
De acordo com a fonte, o acordo prevê pena de 10 anos para Marcelo Odebrecht, sendo que ele deverá ficar no regime fechado até o final de 2017.
A fonte disse ainda que o valor da multa será pago pela empreiteira ao longo de 20 anos. O valor da multa será dividido entre Brasil, Estados Unidos e Suíça, segundo a fonte, acrescentando que a maior parte dos recursos ficará no país.
Com o acordo de leniência, a Odebrecht garante que seguirá apta a contratar com o setor público.
A delação da Odebrecht, maior empreiteira da América Latina, tem sido apontada como uma das mais aguardadas da Lava Jato e a que tem maior potencial de provocar abalos ainda maiores no cenário político.
Nas investigações da operação Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram uma planilha que, afirmam, indica pagamentos feitos pela empreiteira a políticos de vários partidos. Não ficou claro à época se os dados da planilha se referiam a repasses de propina, a doações legais para campanhas eleitorais ou a doações não contabilizadas, o chamado caixa dois.
Como na delação da empreiteira e de seus executivos e funcionários devem ser citados políticos com mandato, os acordos terão de ser analisados pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na corte.
Caberá a Teori decidir se valida esses acordos e permite que as delações sejam usadas no processo ou se os rejeita e os declara nulos.
Procurada, a Odebrecht não se manifestou sobre o acordo.
(Com reportagem de Eduardo Simões, reportagem adicional de Aluísio Alves em São Paulo)
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista