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03/09/2016
Era Temer isola o Brasil na própria América do Sul
Brasil 247 - 2 de Setembro de 2016 às 07:16
De líder natural do continente, o Brasil começa a se tornar um
pária entre seus próprios vizinhos, desde o golpe parlamentar de 2016,
que afastou a presidente do cargo e permitiu a ascensão de Michel Temer
sem que tenha havido crime de responsabilidade; em nota, o governo do
Uruguai, de Tabaré Vazquez, condenou a "profunda injustiça"; o Chile, de
Michele Bachelet, manifestou apreço por Dilma, sem citar Temer, em seu
comunicado; mais radicais, o Equador, de Rafael Correa, a Venezuela, de
Nicolas Maduro, e a Bolívia, de Evo Moraes, retiraram seus embaixadores;
a Unasul, liderada por Ernesto Samper, deve convocar reunião
extraordinária; com Temer, Brasil só tem o apoio do Paraguai, que passou
por golpe semelhante, e da Argentina
Em nota, o Uruguai,
governado pelo moderado Tabaré Vazquez, disse considerar uma "profunda
injustiça" a destituição de Dilma. "O Uruguai deseja destacar o papel da
presidenta Dilma Rousseff em fortalecer a histórica relação bilateral,
que permitiu alcançar uma aliança estratégica que redundou em benefício
de ambos os povos", diz o texto. "Para além da legalidade invocada, o
governo uruguaio considera uma profunda injustiça dita destituição".
Em outro comunicado, a
União de Nações Sul-Americanas (Unasul), liderada por Ernesto Samper,
anunciou que está fazendo consultas com os chanceleres da entidade para a
realização de uma reunião extraordinária, uma vez que esse processo
"gera preocupação e tem implicações regionais".
Numa postura mais
radical, o Equador, de Rafael Correa, a Venezuela, de Nicolas Maduro, e a
Bolívia, de Evo Moraes, retiraram seus embaixadores de Brasília. O
Chile, numa nota divulgada por Michelle Bachelet, manifestou "o apreço e
reconhecimento à presidenta Dilma Rousseff" e não citou o nome de
Michel Temer.
O Itamaraty ainda não
preparou nenhuma resposta aos vizinhos, uma vez que o chanceler
acompanhar Temer em sua viagem à China. Hoje, o Brasil só tem o apoio do
Paraguai, que passou por golpe semelhante, e da Argentina, onde
Mauricio Macri tenta implantar, sob forte reação popular, um programa
ultraliberal na economia
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PITACO DO ContrapontoPIG
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Revoltante e inaceitável.
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